A reactivação da fábrica na Amadora e a retoma da produção de material circulante ferroviário foram as exigências que levaram os ex-trabalhadores da Bombardier a voltarem anteontem aos protestos. O pessoal da antiga Sorefame concentrou-se à entrada das instalações, pronto para permanecer em vigília durante a noite. Novas acções de protesto, junto ao Ministério dos Transportes e Obras Públicas, poderão vir a ter lugar, caso o Governo não garanta uma resposta positiva e pronta.
A Bombardier anunciou a 2 de Fevereiro a conclusão do acordo com a Refer, para venda de quase metade das suas instalações de fabrico de material circulante ferroviário na Amadora, encerradas em Maio de 2004. António Tremoço, do Sindicato dos Metalúrgicos, explicou à agência Lusa que a reactivação aguarda a celebração da escritura, o que está a demorar muito tempo, pois Portugal está já a perder encomendas, como sucedeu com o Metro do Sul do Tejo (concurso foi ganho pela Siemens, que está a produzir as locomotivas em Espanha) e poderá sucedeu com 25 locomotivas do Metro do Porto (que poderá ser ganho pela Bombardier).